segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Muído faz reveillon em Fortaleza




No Ceará, todo dia é dia de cantar e dançar forró. Ritmo tradicional do Nordeste, é ao som do triângulo, da sanfona e da zabumba que se faz a melhor festa por aqui. E no Réveillon não é diferente. Para encerrar a noite especial que vai rolar no aterro da Praia de Iracema, que conta ainda com Waldonys, Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos, Zeca Pagodinho e Margareth Menezes, a banda Forró do Muído promete fazer 2010 chegar com muito mais animação.

"Vai ser nosso primeiro show do ano e vamos entrar com todo gás", adianta o vocalista Binha Cardoso que, ao lado das irmãs Simaria e Simone, coloca no repertório todos os sucessos dos três anos de carreira do grupo, incluindo Menininha, Cadê Seu Pai, Choveu, Cabelo Encolheu, Mente Tão Bem e O Meu Coração Está Colado Em Tuas Mãos, entre outros. Eles também aproveitam e já tocam algumas canções do próximo disco, Forró do Muído Volume 6, que será lançado no próximo ano.

Por telefone, Binha Cardoso falou sobre o início da sua carreira, os shows pelo Brasil, os fãs de outros estados e suas companheiras de palco. "Elas são danadas", brinca o cantor elogiando a performance de Simaria e Simone, que segundo ele "fazem muitas coisas de criança no palco". O vocalista também aproveita para adiantar outros projetos para 2010, que vão incluir o primeiro DVD oficial do Forró do Muído. "Os outros eram promocionais", explica.

Essa é a primeira vez que a banda fica em Fortaleza para o Réveillon, o que tem deixado o trio de cantores e os músicos mais felizes ainda. "Nossas famílias também vão estar com a gente e tudo isso só garante mais animação". Agora é só preparar a ceia, uma roupa branca para dar sorte, um champanhe para o brinde e aguardar esse super show.

O POVO - Qual a expectativa de vocês para este Réveillon? O que vocês estão preparando de especial? Binha - As melhores possíveis. É a primeira vez de uma banda de forró tocando no Réveillon do Aterro. Os fãs que pediram e nós estamos muito felizes com o convite. Essa é a primeira vez que o Muído passa o final de ano em Fortaleza. A gente vai tocar os sucessos de todos os nossos discos. Ainda vamos puxar um pouco do repertório do nosso Volume 6, que ainda vamos gravar. Também vamos fazer um Carnaval fora de época. Na verdade, no Forró do Muído, tudo é feito na hora. Vai muito pela cabeça da gente, sem programar nada. Mas garanto que vai ser 100 por cento animação e com todo o gás.

O POVO - Como foi na hora que vocês receberam este convite? Já estavam esperando? Binha - Já tinha vários estados querendo comprar o show do Muído. Muitas cidades mesmo. Quando nós soubemos da notícia, tu é doido! Vamos passar o Réveillon em casa. Com certeza vai ter gente de todo o mundo no Aterro. Nós até pensamos que era brincadeira. Só depois das reuniões é que vimos que era verdade e ficamos muito felizes. Só temos é que agradecer a toda galera que pediu o Forró do Muído.

O POVO - Ao longo da carreira do Forró do Muído, vocês já fizeram muitos shows com outros artistas. Como é tocar junto com outros cantores e bandas consagrados? Binha - A gente é muito eclético. Se tiver uma música legal de outro artista, nós botamos no nosso repertório. A gente cresceu tocando no meio de grandes artistas. Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Zezé di Camargo e Luciano, Frejat, César Menotti e Fabiano e muitas outras grandes atrações. A gente já se acostumou a tocar no meio dessa galera. Não dá mais medo não. E as pessoas já nos vêem com outros olhos.

O POVO - Em julho deste ano, vocês reuniram mais de 15 mil pessoas no Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo. Como são os shows de vocês fora do Ceará? Binha - A gente já tocou duas vezes lá. Já tocamos também em Manaus, Rio de Janeiro, Boa Vista. São muitos lugares legais e sempre fazendo mais de um show em cada lugar. As pessoas sempre pedem mais. Mas, lá em São Paulo foi ótimo. Você precisa ver os fãs. Lá tem muito nordestino. Muitos deles não conheciam o show, mas, como os parentes falavam, foram lá. Isso chamava o público. Lá o Nordeste tá em peso. Não é diferente daqui, não.

O POVO - Em quase 20 anos de carreira, você já fez parte de vários grupos de forró. Como começou sua carreira de cantor? Binha - Eu sempre gostei de cantar, desde criança. O profissional já nasce feito. Eu trabalhava em oficina consertando automóveis. Um dia, em 1993, eu ia passando lá na Praça José de Alencar e tinha um show de calouros. Na hora que eu desci a dona da banda Astral do Forró, me chamou pra cantar. Foi o que eu precisava pra começar. Depois, cantei nos Brasas do Forró, s de Hortelã, fui cantor da banda do Chico Justino, do Dedim Gouveia. Foram mais de 20 bandas. Mas, graças a Deus, tudo que eu queria era uma banda como o Forró do Muído. A gente não tem nada pensado. Quando olha pro povo é que escolhe o que vai fazer. Aquilo é uma alegria. Quando você vê o povo gritando seu nome, vem várias ideias. E também tem as meninas. Elas são danadas. Fazem muitas coisas de criança no palco. Brincadeiras, uma pula nas minhas costas, correm, puxam o cabelo. Os outros têm vontade de fazer a mesma coisa, mas não têm coragem.

O POVO - Quais são os planos da banda para 2010? Binha - Ta vindo aí o Volume 6 do Forró do Muído. Estamos preparando o repertório e já vamos mostrar algumas músicas no Aterro. Vai sair o primeiro DVD oficial, original. Os outros eram promocionais. E estamos tentando mais programas de TV na Globo, na Record. Ainda não sei quais. Esse ano (2009) já fomos na Ana Maria Braga e repercutiu bem com os fãs. Vamos tentar fazer mais um ou dois.

O POVO - O que os fãs podem esperar deste show do Réveillon? Binha - Vai ser nosso primeiro show no ano e vamos entrar com todo gás. Cem por cento mesmo pra dar o show da virada. Pode esperar que vai ser com toda força. Nossas famílias também vão estar com a gente e tudo isso só garante mais animação. A gente vai lá como todo o gás.

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